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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Alienação


A literatura fantástica é considerada por alguns como um instrumento alienante da sociedade. Ela nos divertiria dos problemas da sociedade e nos afastaria de uma posição crítica quanto aos males do mundo. Acho que já discuti muito minha posição contrária a essa tese, alegando que ela (a fantasia) nem sempre aliena e muitas vezes, pode ser usada como forma de se fazer uma crítica de uma realidade. Então, não vou mais me demorar sobre essa parte da questão
O que será meu objetivo neste ensaio é o outro lado da moeda. Pois a verdade é que eu reconheço sim um poder alienante na fantasia. Uma válvula de escape de uma realidade. Porém, encarar essa característica como algo negativo, não me parece ser o mais correto. Antes de tudo, acho que uma justa medida entre realidade e ficção, não faz mal a ninguém e, em muitos casos, é absolutamente necessária.
Acho que vocês já devem ter percebido que eu sou um fã alucinado da série americana “Os Simpsons”, não é mesmo? Então utilizarei de um episódio para mediar essa questão. O episódio específico que irei analisar é o da segunda temporada intitulado “Lisa Tristonha”. Nesse episódio, após passar por uma “crise de verdades”, Lisa começa a pensar demasiadamente nas questões do mundo: seus problemas, seus medos, suas tendências desastrosas. E o resultado disso não pode ser outro que não aquele que leva ao título do episódio: ela se deprime.
De fato, nosso mundo não é perfeito. Na verdade, ele está muito longe de o ser. E eu acredito sim que devamos trabalhar para melhorá-lo. Para de alguma forma, tentar fazer a diferença, cada um com uma pequena parte, para que no todo possamos mudar isso. Porém, também defendo que, além de uma responsabilidade para com o mundo, também devemos ter responsabilidades para com nós mesmos. Pois uma pessoa infeliz, jamais será capaz de fazer um mundo mais alegre.
Nesse sentido, entre os trabalhos do dia a dia e entre as reflexões a cerca das situações que o cercam, todos nós, sem distinção, merecemos sim um tempo para nós, para nos desestabilizarmos dos problemas e nos estabilizarmos em nossas próprias reflexões. Arejar e mente e nos dar o direito de ter o prazer de viver.
No episódio citado, isso é bem mostrado ao final, pois é quando Lisa encontra sua válvula de escape. Sua fonte de alienação: que é o saxofone. Alguns irão pensar, “mas o saxofone é uma forma de arte, uma maneira que Lisa tem de se tornar mais erudita”. “Então ele seria um trabalho, uma forma de ela crescer”. Sim, concordo. Mas a arte também é uma forma de alienação. Pois ela desestabiliza uma pessoa do mundo em que vive, e da faz pensar de foram diferente, proporcionando a possibilidade dela de enxergar novos horizontes.
O prazer gerado pela arte é muito positivo. Mas não é o único. Também podemos tirar prazer de outras formas: nos esportes, nas brincadeiras, nas festas, ou apenas estando sentados sozinhos e deixando a mente divagar. São muitas as formas de se alienar.
E falando agora especificamente da literatura fantástica, eu a considero, sem nenhum favoritismo, uma das melhores formas de se alienar. Pois ela permite ao ser humano se desgarrar quase que completamente do mundo, e desconstruir tudo o que ele vê de possível, e fazê-lo pensar em novas e novas chances, novas possibilidades. Permite a ele treinar aquilo que o diferencia de qualquer outro ser vivo: a imaginação.
Então, eu defendo sim a fantasia em seu caráter alienante, pois ele é necessário para qualquer ser vivo poder viver. Poder ter um tempo para si mesmo.
É claro que, como eu falei antes, devemos saber dar uma justa medida. Não acho certo tomarmos a saída dos covardes e fugir de nossas responsabilidades e do mundo por completo, mas sim que em determinados momentos temos de nos permitir sermos alienados. Temos de nos dar a chance de simplesmente pensarmos apenas em nós mesmos e naquilo que nos dá prazer.
Então, leia sim um bom livro de ficção. Assista a um filme que não tenha uma intenção política propriamente estipulada. Também leia um blog de um cara chato que gosta de discutir e de problematizar tudo (He He). São formas que nós temos de darmos um tempo para nós mesmos e de pensarmos melhor. É o ócio produtivo que é necessário para qualquer um. Seja alguém que necessita se conservar para depois regressar a uma maratona de trabalho, seja para aquele que precisa estar sempre pensando. 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

(Pré) Conceitos


Queima de Livros de Berlim - 1933
Achei interessante dar continuidade a uma problemática lançada pelo artigo “Capas para que as quero”, mesmo que está não tenha aparecido de forma explicita. Tal questão é a dos pré-conceitos. Ou seja, aqueles valores que damos a algo antes de termos tempo de conhecê-lo bem. Antes de iniciar, acho interessante chamar atenção para o fato que nem sempre um preconceito é necessariamente pejorativo. Às vezes, é imensamente enaltecedor de uma obra literária.
Pré-conceituamos tanto como forma de elogiar, como forma de ofender. Podemos dizer que um livro é ruim antes de lermos, mas também somos capazes de dizer que é bom. E essas atitudes têm várias causas: A capa é atraente, ou não; a sinopse me chama a atenção, ou não; já li determinados trabalhos desse autor e gostei, ou não; ou então, um amigo leu e gostou, ou não. Nesse sentido, sempre que vamos atrás de um livro, (pré) conceituá-lo será o primeiro passo. Inevitavelmente.
Como objetivo desse artigo, não estou querendo defender a bandeira a favor ou contra o preconceito, mas quero chamar a atenção para o fato de que ele é uma manifestação do humano e, por isso, natural de cada um de nós. Engana-se aquele que pensa que é livre de preconceitos, pois não é. Sempre fazemos um à primeira vista ou à um primeiro ouvir falar sobre. Quando vemos a capa de um livro, quando escutamos alguém falar dele, desde já estamos fazendo um juízo de valores dele, tentando entender se eles valerão ou não a pena para nós.
Como eu já disse, isso não é bom ou ruim, mas natural e, em muitos aspectos, necessário. Pois cada um de nós precisa filtrar aquilo que temos à nossa disposição, de forma a poder organizar nossas prioridades. Então, se eu detesto auto-ajuda (e de fato, não sou muito fã) então é claro que tenderei a pensar que os livros de auto-ajuda são ruins. Pelo menos, ruins para mim. Logo, quando estiver em uma livraria, não será muito difícil decidir entre levar uma auto-ajuda ou o último lançamento da J. K. Rowling. ^^
Isso porque temos um gosto, um gosto esse que é regido por um (Pré) Conceito. Temos todo o direito de tê-los, não há problema algum nele, porém, esse ato, tão natural, também esconde seus perigos.
Quero dizer com isso que o maior risco de se manter um preconceito, é o de ele acabar se tornando um conceito, para o preconceituoso. Ou seja, quando tomamos esse preconceito de alguma coisa e julgamos essa como se a conhecêssemos bem. Quando, sem ler determinado autor, dizemos já de antemão que ele é bom ou ruim, e nos propomos a ler tudo dele, ou não, sem antes passarmos pelo um juízo crítico.
E pior, quando passamos a declarar aos quatro ventos que um autor é muito ruim, ou muito bom, sem nem ao menos termos determinados conhecimentos sobre seu trabalho. E isso é perigoso de duas formas: A primeira é óbvia, pois pregando antecipadamente que um trabalho é muito ruim, você poderá estar privando algum leitor em potencial a apreciar o trabalho e até mesmo gostar dele.
O segundo parece estranho, mas elogiar demais um trabalho literário, sem ler, também tem seus perigos, pois cria no leitor uma expectativa que pode gerar uma terrível decepção. Então imaginemos alguém dizendo sem ler: “nossa, esse autor é o melhor do mundo”, “o melhor que eu já li” ou “a melhor história de todos os tempos”. Pense numa pessoa influenciada por uma idéia assim e que acaba comprando o livro e, ao ler, vê que a coisa não é bem essa. As vezes o trabalho nem é tão ruim assim, mas a pessoa que decidiu ler acabou criando tal expectativa quanto a ele que a decepção acaba sendo inevitável. Afinal, não podemos nos decepcionar com aquilo de que não esperamos nada, não é mesmo?
Nesse sentido, gostaria de chamar duas atenções que são, na verdade, o objetivo desse artigo. A primeira é lembrar que (pré) conceitos existem, queiram ou não e são naturais, inevitáveis e, em alguns casos, necessários. Logo, se você é um autor que não liga para uma boa capa, ou para uma boa sinopse. Não tem interesse em fazer uma boa divulgação, ser educado com seus leitores, tudo isso acreditando que sua obra é ótima e que por isso não necessita dessas futilidades... Bem, acho bom começar a mudar seus conceitos. Pois todo esse processo é importante.
A produção de uma capa, a construção de um resumo atraente e, principalmente, uma atenção adequada ao leitor (na medida do possível, é claro. Pois também não podemos esperar que alguém que vendeu 1.000.000 de cópias seja capaz de dar total atenção a seus inúmeros leitores, não é? RS) são essenciais. É necessário que você crie uma boa primeira imagem, crie um preconceito positivo para sua obra. Um que chame a atenção.
Em segundo lugar, gostaria de chamar a atenção de todos, autores, leitores ou seres-humanos em geral. Gostaria de propor algo que pode parecer simples, mas não é. De que pensem em seus preconceitos. Pensem em até que ponto suas concepções são baseadas em dados e numa análise coerente e em até que ponto não eles passam de um preconceito bobo. Não só com relação à literatura, mas quanto à vida como um todo.
Preconceitos são necessários, pois infelizmente a vida é muito curta para fazermos um juízo de valores de tudo o que nos cerca. Seria legal se pudéssemos, mas não dá. Porém, cuidado quando um preconceito começa a virar uma verdade inquestionável e natural para você. Quando ele fechar a sua mente a possibilidade de revê-lo. E, principalmente, quando quiser que ele seja uma regra não só para você, mas para aqueles que estão a sua volta.
Quando for falar de um livro que não leu, tome cuidado com o que diz. Deixe claro se você tem total clareza do que está falando ou não. Se quiser fazer uma divulgação positiva, diga que o livro promete, ou que muito lhe interessou, ou que tem grandes expectativas com relação ele. Assim como se ele não te interessar, diga que não leva fé, ou que o estilo não lhe agrada, ou que não lhe despertou a atenção. Mas deixe sempre bem claro o quão apto você está para falar dele. Tanto para bem, quanto para mal, pois isso é essencial.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Divulgação, Mídia e Literatura Brasileira.


Não é novidade para ninguém o fato de que ainda é pequeno o espaço que a produção nacional fantástica desfruta dentro do mercado literário brasileiro. Esse mesmo tema já foi discutido aqui no blog em outros ensaios como “A difícil tarefa de se vencer o estrangeiro em nosso próprio território”. E essa deficiência se deve, em grande parte, ao pouco espaço que nossos autores têm na grande mídia.
 Além de oferecerem um risco maior para a publicação no Brasil, as obras estrangeiras contam ainda com um grande arcabouço midiático: muitas delas são, foram ou serão, projetos de grandes produções cinematográficas; O “Amerian way of life” está presente e grande parte dessas obras estão voltadas para o consumo em massa, sendo elas capas de revistas, temas em programas de televisão, e algumas delas ainda têm suas próprias músicas na rádio. Com uma base marqueteira tão intensa, é realmente difícil para um pobre iniciante brasileiro, que não têm acesso a esses meios, levantar seu humilde dedo e dizer: “Hei, eu também escrevo.” Mas não acho que isso também seja o fim do mundo.
Discuti uma vez com colegas da faculdade sobre o poder da mídia sobre as mentes das pessoas. E uma concepção realmente muito comum é a de que ela (a mídia) têm poder de decisão sobre as mentes das massas. Mas o que mais me incomodou nessa concepção é que a grande maioria das pessoas pensam que essa relação entre mídia e público se dá unicamente pela simples manipulação. Acho bastante complicado pensar dessa forma, não que discorde totalmente dessa idéia.
O que há na verdade, a meu ver, é certo comodismo por parte do público. Um comodismo, também a meu ver, bastante coerente. Pois no mundo atual, aonde temos um boom de produção artística, realmente é bastante complicado conseguirmos filtrar tudo aquilo que é lançado e escolhermos bem o que serve ou não para nós. Nesse sentido, ao invés de realizarmos uma verdadeira busca atrás de obras que não têm grande projeção, nos sentimos muito mais cômodos em receber aquilo que nos é apresentado. Não porque somos marionetes nas mãos da mídia, mas porque de fato tem muita coisa para se ver e pouco tempo para se procurar.
Nesse sentido, o que eu quero chamar a atenção é para o detalhe de que, se você, autor nacional, quer ser visto, primeiro é necessário que você apareça. Ninguém vai te achar se você se manter escondido nos confins do universo. A internet hoje é uma grande ferramenta para aqueles que querem divulgar seus trabalhos. O mundo da música é o maior exemplo disso, onde alguns novos artistas conseguem seu espaço em redes sociais como o You Tube e o My Space. Se antes eles dependiam das grandes rádios e gravadoras, hoje nem tanto. O mesmo ocorre com a literatura e nesse meio, o Skoob e os blogs parecem os grandes aliados da produção nacional. Porém, mais uma vez digo, eles nada poderão fazer por um novo autor se ele no mínimo não se apresentar para esses meios.
Num papinho que estava batendo com o autor de “O Mundo de Avalon”, Vincent Law, ele me falou, por exemplo, de autores que simplesmente sumiram da internet após conseguirem publicar seus livros. Talvez estando acomodados agora que conseguiram uma boa publicação, e acreditando que por isso não precisassem mais correr a trás de um público. Isso é bastante complicado. Mas ele também me chamou a atenção para outros que, mesmo depois de estabilizados, como Nelson Magrini, ainda se dedicam a divulgar seus trabalhos e a manter contatos com seus leitores. Tal tema motivou a construção desse artigo, pois me fez pensar principalmente da importância para nós, autores iniciantes, de divulgarmos nosso trabalho.
As redes sociais, aonde o Skoob talvez seja a maior na nossa área, permitem a nós autores estarmos abertos ao público, proporcionando saber o que ele quer, que tipo de leitura os agrade e, principalmente, nos proporcionam a possibilidade de saber o que eles realmente pensam de nosso trabalho. É uma experiência muito positiva. Mas o que talvez seja de maior importância para nosso trabalho é que sites como o Skoob e os blogs nos fornecem uma arma de divulgação que independe da grande mídia.
Tá certo que é trabalhoso, e que às vezes dá um forte desânimo principalmente quando comparamos nossa repercussão com a de algum grande autor estrangeiro, mas essa é a nossa melhor arma. É dela que dispomos para conseguirmos aparecer nesse meio aonde tanto é produzido. Uma dica para novos autores: não nos apeguemos a crença romântica de que nosso talento único será reconhecido sem que estejamos dispostos a oferecermos nossa cara a tapa. Não pensemos que o destino irá nos trazer um agente ou um editor muito famoso que nos olhará e, a primeira vista, achará que temos potencial, que podem investir em nós e assim alcançaremos o estrelato. Pois isso não acontecerá. A menos, é claro, que você tenha MUITA sorte. Quase aquela mesma sorte presente nos sonhos de muitos e muitos brasileiros, que é a de ganhar na Megasena e serem milionários sem nem ao menos apostar nela. Como se de alguma forma o destino fosse trazer um bilhete premiado trazido dos ventos. Francamente, temos que perder um pouco dessa mentalidade.
Você que é novo autor, não vá correndo com seu primeiro manuscrito para uma grande editora, pois elas já têm livros demais para avaliar e dificilmente se darão ao trabalho de nos analisar se não tivermos de fato nada para mostrar.  
Meios nós temos. Não são os mais fáceis, talvez não sejam os mais fortes, mas querer nunca será poder se você não criar os meios para isso. Disponibilize seu trabalho, bata de porta em porta o apresentando. Temos muitos brasileiros querendo ler literatura nacional, mas como eles vão nos encontrar se não tentarmos de alguma forma aparecer para eles? 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Capas para que as quero.



“Não julgue um livro pela capa”. Esse é um dito que já virou tabu entre os amantes de leitura. Lógico que não podemos simplesmente dizer exatamente como um livro é apenas olhando sua capa, saber se a história é boa ou ruim, se é bem ou mal escrita. Mas ignorar o trabalho de produção de uma capa também não é o caminho. E essa ação é muitas vezes é praticada por aqueles que defendem o tabu acima.
Capas são tão importantes para um livro como a roupa é para uma pessoa. Além de vestir a obra, impedindo que as muitas folhas sejam desgastadas e sujas pelo ambiente aonde o livro se encontra e ocultando seus segredos por trás de sua dura (ou mole, tanto faz) proteção, as capas trazem consigo um papel fundamental que é dizer para que o livro veio.
As roupas que escolhemos trazem consigo a nossa identidade. Mesmo que você seja daqueles que não ligam para seu guarda roupa e se vestem da forma mais desleixada possível, esse tipo de atitude demonstra uma identidade. O que você está tentando dizer para o mundo é: “eu não estou nem aí”. Nesse sentido, as capas também cumprem bem esse papel.
A capa é o primeiro contato que uma pessoa vai ter com o livro, a única forma de ela conseguir dar em um curto espaço de tempo, uma (pré) avaliação acerca a obra. É ela que tem a função de passar rapidamente o que o livro quer passar, de forma a dizer a quem procura um livro de suspense, por exemplo: “Ei, eu tenho o que você procura”. Pensemos numa livraria, onde centenas de obras estão enfileiradas, esperando ansiosamente o seu público leitor. A menos que você não tenha absolutamente nada para fazer, você não poderá ler uma sinopse de cada vez, e tentar dali identificar o seu estilo. Quem vai chamar sua atenção é a capa. É ela quem vai dar idéias do que o livro tem dentro, seus montes e mãos montes de papel. É ela quem vai te seduzir, como uma roupa ousada e instigá-lo a ver o que ela guarda por debaixo.
Livraria "El Atheneo" em Buenos Aires
Se a capa for sombria, o olhar à procura de um livro de terror vai se interessar por ela, se ela for colorida, as pessoas mais alegres vão olhá-la. Se tiver um casal, ela chamará a atenção de leitores avivados por romances, se mostrar cachorros ou gatos, os amantes de animais vão querer abrir o livro. Elas são o cartão de visitas, são as fachadas, os letreiros, são elas que vão chamar um público específico que estará perdido no meio de tantas outras possibilidades.
O trabalho de produção de capa é árduo, pois exige pesquisa, exige sensibilidade para saber que emoção o livro quer passar de forma a apresentá-la em uma única imagem. Tem que haver sinceridade para se produzir uma capa, pois se não, você pode induzir o leitor ao erro. Quantos de nós já não fomos enganados por essas capas de má fé? Essas que acabam por sujar a fama daqueles que as produzem honestamente.  Por isso, não devemos menosprezá-las, pois apesar de algumas quererem nos iludir, outras estão aí para facilitar sua vida, promovendo um salto aos olhos daquilo que você procura.
Ignorar uma capa é desprezar todo um trabalho que é foi feito para ela ficar assim. Por isso, eu defendo: não julguemos um livro pela capa, mas saibamos reconhecer o seu valor.