tag:blogger.com,1999:blog-7186252030239424182.post3430893981996888850..comments2023-11-05T02:22:14.204-08:00Comments on Por Detrás do Véu: A questão do Discurso – Entre o fato e a ficçãoWnascimentohttp://www.blogger.com/profile/13944963347429240860noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7186252030239424182.post-74762117415665222192010-04-05T04:26:17.768-07:002010-04-05T04:26:17.768-07:00Oi Luiz.
De fato, as barreiras continuam sim. E eu...Oi Luiz.<br />De fato, as barreiras continuam sim. E eu acredito que, muitas vezes, o problema do preconceito se dá por sabermos demais de uma cultura diferente sem estarmos preparados para ela. O que eu quero dizer é que, por exemplo, hoje podemos ver por documentários ou imagens na internet tudo o que queremos, sobre rituais místicos de povos afastados ou penitências judiciais de países árabes, mas não estamos preparados para isso, pois não conhecemos os signos daqueles atos e costumes de modo que não compreendemos por que eles acontecem daquela maneira. Qual o significado deles para aquele povo. Daí, da ignorância nasce o preconceito. Sabe, as vezes luz demais pode cegar e acho que é esse o problema do ecesso demasiado de informação que a globalização trouxe. <br /><br />É, a Históira também tem sua veia poética. Pois o único acesso que temos com relação ao passsado se encontra fragmentado, por se tratarem de restos do passado, então, a imaginação criadora tem que entrar para preencher essa lacuna.<br />Um dos problemas graves no estudo de História durante muitos e muitos anos foi o da Historiografia. Ou seja, de quem escreveu a História. É claro hoje para os historiadores que a História sempre foi escrita pelos vencedores. As vozes do lado perdedor eram abafadas e isso gera uma compreensão Eurocentrica, Etnocentrica e, por conta disso, incompleta do passado. E é exatamente por isso que estamos tentando recolher as chamadas "vozes mudas" do passado, ou seja, tentando, através de outros registros, aqueles considerados não oficiais pela ciência clássica, tais como romances, pinturas, cerâmica e outras manifestações culturais humanas, tentar compreender como eram determinados povos - tais como os ameríndios americanos ou os árabes que dominaram a Península Ibérica -, sem ser pela ótima do Europeu. É um caminho difícil, mas que vale o esforço, pois se formos nos guiar apenas pelo que mostram os registros escritos, aí não teremos nada além do que a visão européia da História.<br /><br />Desejo boa Sorte com o seu livro cara e principalmente que você consiga trabalhar temas complexos entre as páginas dele. Não quero dizer com isso que quero que seu livro seja demasiadamente profundo, mas sim que você possa trazer questões interessantes em meio as páginas de entretenimento. Pois este é para mim um dos pontos fortes da fantasia: nos permitir falar sobre o mundo não estando nele. <br /><br />Abração cara e valeu pelos elogios.Wnascimentohttps://www.blogger.com/profile/13944963347429240860noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7186252030239424182.post-57349951982183857952010-04-04T14:13:34.419-07:002010-04-04T14:13:34.419-07:00Seus posts continuam sublimes, talvez um termo exa...Seus posts continuam sublimes, talvez um termo exagerado, mas você consegue passar extatamente quais são suas idéias e visões. Bom, foi tanta coisa que nem sei se estou com saco pra comentar tudo, entretanto, assim como você, embora não tenha conhecimento necessário para me meter e dialogar sobre tais assuntos com mais astúcia, me interessa bastante conhecê-los. <br />Um assunto que você levantou em seus primeiros parágrafos foi quanto a união ilusória das pessoas. É incrível ver como a globalização uniu as pessoas que vivem numa grande metropole com as que vivem num lugar de densidade demográfica menor que um indíviduo por km quadrado, bastando apenas elas estarem munidas de um meio de comunicação. Incrivel também é que tais meios teriam de diminuir a ignorancia entre os povos, visto que podemos saber um sobre o outro sem precisar visitá-los. Mas mais incrivel é que isso não acontece. Não sei, mas dá a impressão de que cada vez mais o homem cria para gerar conforto, mas suas criações desordenam ainda mais o mundo, ao invés de gerar segurança. E criamos cada vez mais diferenças, ao invés de diminui-las. Há 500 anos trás, haviam outras diferenças. Elas sumiram e vieram outras, só que bem mais complexas, pelo menos é o que eu acho se compararmos o preconceito de negros com os dos gays. Bom, estou meio que sem palavras para abrir um assunto assim, mas este seria o inicio de uma visão minha. Que o ser humano cria mais diferenças do que procura igualizar, mesmo que almeje o contrário.<br /><br />Gostei também do fato da História ter um pouco de criação, pois afinal, são as visões dos historiadores que vemos. Logo, vivemos num mundo onde o passado é regido por pontos de vistas que temos de aceitar por que a época atual achou como a mais concreta e fiel a tal época estudada. E quando se trata de guerras então, aí que podemos desconfiar de tudo o que é falado. Eu sempre pensei numa espécie de dominação e alteração de certas informações em épocas anteriores, pois o mundo lá não era tão globalizado e ninguém a mil quilometros de distancia um do outro poderia saber na hora sobre uma revolta ou uma guerra civil. Então, acho que era ainda mais fácil para controlar tais informações.<br /><br />Estes assuntos são muito abrangentes. Ainda pretendo jogar algumas questões assim nos livros da série Mundo Sombrio. São intrigantes.<br /><br />E ah, sim. Reparei nessa sua forma de contar "O Véu", misturando fatos da realidade e inserindo a fantasia no meio. Foi este método que me fez prender ao livro.<br /><br />Bom, até mais.Luiz Fernando Teodosiohttps://www.blogger.com/profile/13259256485017618085noreply@blogger.com