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sábado, 19 de maio de 2012

Resenha: Carrie, a estranha, de Stephen King


“Carrie a estranha” é um livro que pode nos parecer bastante atual, visto que toca muitas vezes na questão do Bullying, o grande vilão da pedagogia contemporânea e endemoniado pela mídia de hoje. O trabalho de King narra a história da jovem Carrieta White, jovem suburbana dos EUA que poderia ser considerada uma simples garota sem sal, estudiosa e excluída em seu colégio, tal como muitas jovens norte americanas, se não fosse o fato dela apresentar padrões de energia pouco comuns a qualquer ser humano. Com a capacidade de mover objetos apenas com o poder da mente, poder esse que se manifesta através de seus sentimentos caóticos, Carrie parece uma bomba relógio prestes a explodir. Então, some-se isso ao fato dela ser perseguida por colegas sociopatas e criada por uma mãe extremamente religiosa que considera a filha a encarnação do diabo e então temos um prato cheio para uma história cheia de horror e efeitos mirabolantes.

Eu li este livro depois de assistir ao filme e fiquei feliz em perceber que o primeiro é extremamente melhor. Mesclando vários tipos de gêneros de escrita - da narrativa em terceira que permeia ao longo do romance, para o discurso em primeira quando entramos no diário de Sue; e da linguagem acadêmica apresentada nos trabalhos científicos sobre poder paranormal Carrie para a narrativa sentimental de relatos de pessoas que presenciaram os efeitos devastadores dos poderes da jovem -, o leitor tem diante de si um livro dinâmico e envolvente.

Os personagens, no geral, são clichês. A linha entre o bem e o mal é muito bem definida e há pouca complexidade nas ações dos envolvidos. Porém, no meio dessa superficialidade, Carrie é a personagem melhor trabalhada. Ela trás consigo o estigma da menina perseguida, que sem dúvidas explica seu desejo de vingança e suas revoltas com o mundo, todavia, por mais envolvido com o drama da jovem que o leitor possa estar, a explosão de Carrie ainda transita entre a ação justificável e a vingança desmedida.

Nem uma heroína, nem uma vilã. Assim se define Carrieta White.

4 comentários:

  1. Aprecio muito esse autor! Aida falta muitos livros dele pra eu ler, inclusive esse. Sua resenha me fez estar mais imediatista quanto a aquisição desse livro! Valew! :-)

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  2. eu vi o filme e tentei fazer uma fanfic masnao deu certo. é uma ótima dica.^^

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  3. ... Não consigo entender realmente bulhufas, nadinha mesmo, quando encontro pessoas que não conhecem SK ou não lêem o autor, dizendo que os livros dele abordam apenas o horror, o descabido, o sobrenatural e por aí se vai. Todavia, em todos os livros, se nos atentarmos realmente para as entrelinhas e é aí que Stephen se supera, existem mensagens de todos os tipos, advertências, sugestões, críticas, menções, loas, inferências. Se me parece e sempre me pareceu, que SK diz a que veio e a que escreve, em cada livro que edita, não devemos apenas ler cada obra sua, mas o mais importante é saber apreender o que contém cada trama. Todos os livros editados por Stephen já li até hoje e estou doidinha de pedra que Julho chegue e possa vir até nós, o mais recente lançamento, 11/22/1963, que com toda certeza, assim como Carrie, O Iluminado, Saco de Ossos, Desespero, Cemiterio, Christine, etc etc., trará com toda a certeza alguma mensagem subliminar em cada linha editada.

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  4. Eu diria que não apenas King, mas toda a literatura, seja fantástica, seja "realista", trazem consigo uma mensagem para além do enredo. Seja intencional, seja de forma despercebida ao próprio autor.
    Falando de King, é muito difícil hoje alguém com o mínimo de acesso a entretenimento não o conhecer. Podem não associar a obra ao autor, mas já ouviram falar em seus trabalhos, mesmo que exclusivamente por cinema. Até agora, não o li tanto. Somente dois livros: O iluminado, que não gostei, e este, que apreciei bastante.

    Eh, uma fanfic cairia bem para este livro. acho que vou roubar sua idéia Aleska. rsrsrs

    Valeu gente, obrigado pelos comentários, Aleska George e Luz.

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