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domingo, 18 de novembro de 2012

Escola Municipal Goethe

Quinta feira, dia 06 do presente mês. Recebi um convite que me deixou ao mesmo tempo surpreso e comovido. Tal reação se deveu em primeiro lugar porque, apesar de estar me lançando na vida literária há mais de dois anos, confesso que ainda me considero um amador no universo das letras. E por conta disso, a solicitação da professora Denise, guardiã da Sala de Leitura Cecília Meireles, da Escola Municipal Goethe, em me apresentar para seus alunos como escritor fantástico me pegou desprevenido.
Em segundo lugar, pois, mesmo atuando na escola há alguns meses, onde exerço a função de professor, e por conta disso já possuo uma relação até certo ponto próxima com os alunos, nenhum destes até então conhecia meu lado ficcional, ou minha paixão pelos livros que só se salientava no cuidado que tenho para com o acervo da sala de leitura. E neste momento, choveram-se as surpresas. Deles, por terem um escritor tão próximo, e minha por de repente ser alvo de tanto interesse.
Mentes jovens, em fase de maturação, que ainda são capazes de enxergar na fantasia algo que vai além da mera ficção. Que são abertos para se envolverem ao ouvir alguém lhes contando uma história, que não têm vergonha de esboçar uma reação de surpresa, medo ou graça ao se deparar com um momento da história em que tais sensações são ativadas. Com certeza, mentes que ainda estão abertas à capacidade de viajar...
As “entrevistas”, se realizaram com as duas turmas do quinto ano (manhã e tarde) e como manda a idade, a curiosidade fez brotar perguntas que – perdão pela tautologia – eram extremamente curiosas. Passando pelo meu trabalho à minha vida pessoal, a interação com os alunos foi divertida, amena e revigorante. E suas marcas são sentidas até o presente momento, em que finalmente sento para escrever sobre.
A experiência foi, sem dúvidas, maravilhosa. O carinho, a expectativa e a curiosidade emanada pelos alunos me fez reviver uma paixão pelo meu próprio trabalho. E esses momentos são sublimes. Quando podemos renovar a emoção por aquilo que fazemos, como se na verdade fosse a primeira vez em que nos colocamos a prova. As questões levantadas e as interpretações lançadas por mentes tão jovens e, por serem tão jovens, enxergam coisas que a racionalidade da vida adulta não nos permite.
Com certeza saí dessas visitas com um novo olhar sobre “O Véu”, enxergando-o como um livro novo e que por conta disso deve ser revisitado. E por conta de tando carinho, só tenho a agradecer. Agradecer a professora Denise pelo convite, à equipe da escola Goethe pela refúgio, aos alunos pela calorosa recepção, mas acima de tudo, agradeço a essa energia provocada pelo mundo da fantasia que, mesmo que de forma diferente, é capaz de mexer com os ânimos e as aspirações das pessoas.

5 comentários:

  1. Parabéns pelo seu trabalho de leitura com as crianças! Tenho certeza marcou tanto a elas como a você.
    O foco da Goethe é a leitura e a prof. Denise está promovendo muitas ações nesse sentido!

    Helena Maria

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  2. Querido Willian
    Como já te falei, nós lhe agradecemos pela oportunidade. Foi uma experiência sensacional para as nossas crianças! Você deve ter percebido como elas amaram esse encontro . E eu também ! Muito orgulho por você fazer parte da nossa Escola.
    Desejamos muito sucesso para essa carreira que se inicia!
    Profª Denise

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  3. Muito bacana ir a escolas! Também adoro quando recebo um convite como este. E se prepare, Willian: é o primeiro de muitos que virão. Saudades e carinho!

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  4. Parabéns por este lindo trabalho e por poder compartilhar com os alunos esta paixão e se tornar alguém importante na grande tarefa de formar leitores!!!

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  5. É esse o tipo de contato que é necessário para os alunos se apaixonarem não só pelo universo da fantasia, mas por todo o universo literário.
    Parabéns!

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