Quinta feira, dia 06 do presente mês. Recebi um convite que me
deixou ao mesmo tempo surpreso e comovido. Tal reação se deveu em
primeiro lugar porque, apesar de estar me lançando na vida literária
há mais de dois anos, confesso que ainda me considero um amador no
universo das letras. E por conta disso, a solicitação da professora
Denise, guardiã da Sala de Leitura Cecília Meireles, da Escola
Municipal Goethe, em me apresentar para seus alunos como escritor
fantástico me pegou desprevenido.
Em segundo lugar, pois, mesmo atuando na escola há alguns meses,
onde exerço a função de professor, e por conta disso já possuo
uma relação até certo ponto próxima com os alunos, nenhum destes
até então conhecia meu lado ficcional, ou minha paixão pelos
livros que só se salientava no cuidado que tenho para com o acervo
da sala de leitura. E neste momento, choveram-se as surpresas. Deles,
por terem um escritor tão próximo, e minha por de repente ser alvo
de tanto interesse.
Mentes jovens, em fase de maturação, que ainda são capazes de
enxergar na fantasia algo que vai além da mera ficção. Que são
abertos para se envolverem ao ouvir alguém lhes contando uma
história, que não têm vergonha de esboçar uma reação de
surpresa, medo ou graça ao se deparar com um momento da história em
que tais sensações são ativadas. Com certeza, mentes que ainda
estão abertas à capacidade de viajar...
As “entrevistas”, se realizaram com as duas turmas do quinto ano
(manhã e tarde) e como manda a idade, a curiosidade fez brotar
perguntas que – perdão pela tautologia – eram extremamente
curiosas. Passando pelo meu trabalho à minha vida pessoal, a
interação com os alunos foi divertida, amena e revigorante. E suas
marcas são sentidas até o presente momento, em que finalmente sento
para escrever sobre.
A experiência foi, sem dúvidas, maravilhosa. O carinho, a
expectativa e a curiosidade emanada pelos alunos me fez reviver uma
paixão pelo meu próprio trabalho. E esses momentos são sublimes.
Quando podemos renovar a emoção por aquilo que fazemos, como se na
verdade fosse a primeira vez em que nos colocamos a prova. As
questões levantadas e as interpretações lançadas por mentes tão
jovens e, por serem tão jovens, enxergam coisas que a racionalidade
da vida adulta não nos permite.
Com certeza saí dessas visitas com um novo olhar sobre “O Véu”,
enxergando-o como um livro novo e que por conta disso deve ser
revisitado. E por conta de tando carinho, só tenho a agradecer.
Agradecer a professora Denise pelo convite, à equipe da escola
Goethe pela refúgio, aos alunos pela calorosa recepção, mas acima
de tudo, agradeço a essa energia provocada pelo mundo da fantasia
que, mesmo que de forma diferente, é capaz de mexer com os ânimos e
as aspirações das pessoas.
Parabéns pelo seu trabalho de leitura com as crianças! Tenho certeza marcou tanto a elas como a você.
ResponderExcluirO foco da Goethe é a leitura e a prof. Denise está promovendo muitas ações nesse sentido!
Helena Maria
Querido Willian
ResponderExcluirComo já te falei, nós lhe agradecemos pela oportunidade. Foi uma experiência sensacional para as nossas crianças! Você deve ter percebido como elas amaram esse encontro . E eu também ! Muito orgulho por você fazer parte da nossa Escola.
Desejamos muito sucesso para essa carreira que se inicia!
Profª Denise
Muito bacana ir a escolas! Também adoro quando recebo um convite como este. E se prepare, Willian: é o primeiro de muitos que virão. Saudades e carinho!
ResponderExcluirParabéns por este lindo trabalho e por poder compartilhar com os alunos esta paixão e se tornar alguém importante na grande tarefa de formar leitores!!!
ResponderExcluirÉ esse o tipo de contato que é necessário para os alunos se apaixonarem não só pelo universo da fantasia, mas por todo o universo literário.
ResponderExcluirParabéns!